A consolidação de uma parceria entre o Fórum de Economia Solidária do Distrito Federal e o governo do Distrito Federal (GDF), via Secretaria do Trabalho, para construir, juntos, um projeto de otimização dos espaços pouco utilizados na área do Centro Público de Economia Solidária é o resultado da reunião entre a Coordenação do Fórum, Centro de Estudos e Assessoria (CEA), organizações de economia solidária da região, entre eles a Central do Cerrado, a CoopCarajás, Incubadora Tecnológica do Núcleo Planaltina da UNB, lideranças de assentamentos rurais, segmento de artesanato e da saúde mental e economia solidária do Distrito Federal.
As organizações de economia solidária da região receberam as equipes da Secretaria de Empreendedorismo e Microcrédito do DF e da Secretaria de Inclusão Social Produtiva Urbana, que abarcam a diretoria que trata da economia solidária, nesta quinta (11), no Centro Público. Ao percorrer as instalações do CPES, conhecendo os espaços e a dinâmica de funcionamento das atividades e entidades que atuam no local foi criada a perspectiva de se construir novas parcerias para dinamizar e fortalecer os trabalhos abarcados no contexto da economia solidária.
Para o diretor presidente do CEA, Haroldo Mendonça, é uma perspectiva positiva pelo entendimento e abertura de diálogo tanto em nível de GDF, como do governo federal. “Uma das principais preocupações é garantir recursos que fortaleçam a inclusão de um programa de economia solidária no Distrito Federal e Entorno”, afirmou.
DEMANDAS
Na véspera, membros da Executiva do Fórum de Economia Solidária do DF, entre eles Marcelo Inácio de Sousa e a coordenadora técnica do Projeto Rede de Economia Solidaria, Synara de Almeida, se reuniram no Centro Público para definir as demandas que seriam apresentadas aos órgãos governamentais. As principais demandas:
1-Fortalecer a inclusão de um programa de economia solidária no GDF
2 – Criar o Conselho Distrital de economia solidária
3 – Chamar a atenção do GDF para Implementação do Fundo Distrital de apoio à economia solidária
4 – Garantir, em 2019, recurso público no novo orçamento para 2020
5 – Promover ações para dialogar com os governos federal e do GDF
O ESPAÇO
O Centro Público de Economia Solidária do Distrito Federal (CPES-DF), foi inaugurado em agosto de 2017, na antiga Galeria do Trabalhador, no Setor Comercial Norte de Brasília, que estava praticamente abandonada. A gestão é compartilhada entre secretarias do governo e o Fórum de Economia Solidária do DF e Entorno.
Desde então, o Centro Público já abriu as portas para a realização de feiras de artesanato, reciclagem, agricultura familiar. Mais de 160 empreendedoras de 15 projetos tem à disposição a Mostra de Produtos de Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) em exposição permanente.
Setores organizados do Fórum fazem uso do espaço para a articulação de seus grupos, entre eles catadores de recicláveis e profissionais e usuários da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Há atendimentos individuais e coletivas de pessoas que buscam informações sobre o funcionamento do Centro Público e sobre agendas de formação e de projetos. O espaço reúne todos os segmentos da economia solidária, cooperativismo e associativismo que funcionam como alternativa de trabalho e renda.
Realizam ações no CPES, o Circuito EcoSol DF, o Grupo de Trabalho Saúde Mental e Economia Solidária, o Coletivo Educadores em EcoSol, a Central de Cooperativa de Materiais Recicláveis do DF e Entorno. Também é ponto de referência para o Cadastro Nacional de Empreendimentos Econômicos Solidários (CadSol) da Senaes.
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