A tecnologia de produção de gás e energia renováveis está se expandindo em pequenas propriedades agrícolas, a maioria em áreas de assentamentos. Na sexta-feira (26/07), foi inaugurado o quinto Primobio, o biodigestor sertanejo selado na propriedade de Vicente Mendes de Souza, localizada no assentamento Mangual, em Natalândia, Minas Gerais.
Na cerimônia de inauguração, houve uma grande festa com a presença do prefeito de Natalândia Geraldo Magela Gomes, do presidente da Câmara de Vereadores, Fabio Sebastião Cambraia e principalmente, muitos produtores interessados em conhecer a tecnologia.
Um dos pioneiros no curso, Augustinho Coelho Guimarães, experiente na construção e instalação do equipamento se encarregou mostrar como funciona. A matéria prima que movimenta o biodigestor são dejetos animais. Depois do processo de fermentação e secagem (o que acontece no interior do aparelho) ele produz o gás usado como gás de cozinha.
“Ele é fonte de calor e energia. A depender de adaptações é também fonte de energia para iluminação e até movimentar máquinas. “O uso desse gás é sem limite”, afirma. Quando bem alimentado, o biodigestor produz um volume equivalente a 6 ou 7 botijões de gás envasado.
Do biodigestor também resultam biofetilizantes – líquido e sólido, usados na produção agrícola. Esses subprodutos substituem os fertilizantes tradicionais para a produção de hortaliças. O custo da construção do biodigestor gira em torno de R$ 5 mil, mas para Augustinho, o principal ganho é para o meio ambiente. “O melhor é o bem que a gente faz para a natureza. É um bem ecológico”.
A tecnologia é simples, viável para o pequeno produtor e por isso pode se expandir pelo Brasil. “É um projeto que deu certo”, afirma o educador social, José Lopes da Silva. Par ele, é uma nova esperança para a agricultura familiar. A expectativa é de que outras comunidades adotem essa tecnologia tendo os cuidados para produzir da melhor forma e utilizá-la com a devida segurança.
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