No Dia Nacional do Cerrado, mais de meio milhão de assinaturas da petição pela aprovação da PEC 504/2010, que transforma o Cerrado e a Caatinga em Patrimônio Nacional, foram entregues ao Congresso Nacional. Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, recebeu a petição pelas mãos da deputada Joenia Wapichana.
Mais cedo, a petição havia sido entregue à Joenia e outros parlamentares presentes no Seminário que aconteceu na Câmara. “Os ataques que o Cerrado vem sofrendo nas últimas décadas comprometem diretamente a preservação das nossas florestas e a produção de água, por isso, é mais do que acertada essa campanha pela aprovação da PEC’’, afirmou o coordenador da Frente Parlamentar ambientalista, Nilto Tatto. Ele ofereceu seu apoio à Campanha em Defesa do Cerrado e de incluir os biomas Caatinga e Pantanal se comprometendo a votar em favor da PEC 504/2010.
O presidente da comissão, deputado Rodrigo Agostinho, criticou o agronegócio por obter lucros às custas da retirada de comunidades tradicionais e da destruição do Cerrado. “Nós temos um desafio enorme pela frente. Eu sou um dos autores de projetos que regulamentam o uso do cerrado e vemos uma resistência enorme a esse tema o tempo todo”.
A Proposta de Emenda à Constituição que transforma o Cerrado e a Caatinga em patrimônio nacional está pronta para a pauta do Plenário da Câmara.
Toras, a corrida
Antes, uma atividade preparatória marcou a Esplanada dos Ministérios: a tradicional corrida das toras com homens do povo Xavante, Timbira, Canela, Kraô e Apinajé. A corrida com toras é um jogo praticado por diversas etnias indígenas que vivem no Cerrado e consiste numa demonstração perfeita da união entre força física e mental. Os homens carregam os pesados troncos de madeira, normalmente de Buriti, cortados em tamanhos iguais. Vence quem chegar primeiro.
Com informação da Agência Câmara
Fotos: Thomas Bauer/CPT
Giovanni Mockus
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