A urgência por uma ação que tenha a força da sociedade civil aliada à iniciativa privada, tendo a compreensão de que a política pública precisa ser revista, marcou o Encontro sobre Economia Solidária 2019. O Encontro promovido pelo Fórum de Economia Solidária do DF e Entorno (FESDFE), pela Incubadora de Cooperativas Populares da UnB/Planaltina (Itesol) e pelo Centro de Estudos e Assessoria (CEA), foi realizado no dia 27 de abril no espaço do Centro Público de Economia Solidária do DF.
Durante a reunião os integrantes constataram a existência do grande desafio para a efetivação da política pública no Distrito Federal e Entorno: a efetivação do Conselho Distrital de Economia Popular e Solidária do Distrito Federal (CDEPS). Segundo reportagem da revista Toque Solidário, a criação do Conselho resulta da conquista da sociedade, em 2014, tendo sido regulamentado pelo Decreto nº 38.462, de 31 de agosto de 2017, e permanece sendo protelado como se fosse de menor importância.
Outro marco do debate sobre comercialização solidária e consumo responsável estão os consumidores – aqueles que optam por produtos e serviços considerando a sustentabilidade e a ética. Na contramão, os que colocam o lucro privado de poucos e a exploração de recursos de muitos em primeiro plano.
O Encontro marcou ainda os cinco eixos já definidos para a implementação da economia solidária:
GARANTIAS E DIREITOS – Sustentar a política pública conquistada e o direito ao trabalho associado com o debate da legislação; dos espaços de participação e do controle social e dos planos de Economia Solidária.
BOAS PRÁTICAS – Identificar e multiplicar as boas práticas em atividade no DF e no Entorno, como referência de trabalho e campo para a experimentação de outra economia. TECNOLOGIAS SOCIAIS – Consolidar as Tecnologias Sociais adequadas à Economia Solidária e promover a inovação para enfrentar o empobrecimento das comunidades locais.
PRODUÇÃO,COMECIALIZAÇÃO ECONSUMO – Aprofundar e garantir a assessoria técnica adequada à produção, à comercialização e ao consumo, etapas integradas do desenvolvimento sustentável local.
ECONOMIAS TRANSFORMADORAS – Dialogar com todas as outras economias que hoje propõem a transformação social (a feminista, a agroecológica, as comunais e a social e solidária).
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