Estudos da Universidade de Goiás, da Universidade de Brasília, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e da Brown University (publicada na revista científica Global Change Biology em 2016) apontam que o desmatamento no Cerrado é uma das causas para a crise hídrica no Brasil. Cidades como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo já passaram por racionamento de água, mas esta de longe é a solução para o problema da falta de água.
Situado no coração do país, o Cerrado está presente em onze estados brasileiros, ocupando ¼ do território brasileiro,se expandindo para partes da Bolívia e do Paraguai, o que faz com que ele seja considerado um dos maiores da América do Sul. O bioma Cerrado é considerado o berço das águas, é onde estão localizados os três grandes aquíferos que abastecem boa parte do país: Guarani, Urucuia e Bambuí.
O Cerrado é conhecido como o “berço das águas” ou a “caixa d’água” do continente porque é nesse bioma que nascem as águas que alimentam as grandes bacias hidrográficas da América do Sul. No Brasil, são abastecidas seis das oito grandes bacias hidrográficas: Amazônica, Araguaia/Tocantins, Atlântico Norte/Nordeste, São Francisco, Atlântico Leste e Paraná/Paraguai, incluindo as águas que escoam para o Pantanal. Na bacia do São Francisco, por exemplo, o Cerrado contribui com quase 90% da água para rio.
O Cerrado abriga uma diversidade enorme de povos e comunidades tradicionais, que nele vivem há mais de 12 mil anos – muito antes dos europeus pisarem no Brasil. São mais de 80 etnias indígenas – dentre Xavantes, Kraô-Kanela, Tapuias, Guarani Kaiowá, Terena, Xacriabas, Apinajé -, pescadores, ribeirinhos, quilombolas, quebradeiras de coco babaçu, fundo e fecho de pasto, retireiros do Araguaia, vazanteiros, agricultores familiares, geraizeiros, sertanejos, barranqueiros, acampados, assentados e muitos outros.
Pela preservação do Cerrado foi lançada a campanha Sem Cerrado que busca proteção para o bioma, seus povos e seus recursos. O conteúdo disponibilizado na plataforma é gratuito e já está disponível no site do Centro de Estudos e Assessoria (CEA Brasília), os links estão abaixo:
Deixe seu Comentário